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O linfoma é a neoplasia de origem hematopoiética mais comum em cães, pertencendo a um grupo diverso de neoplasias malignas sólidas que têm em comum a sua origem em células linforreticulares. Caracteriza-se pela proliferação anormal de células linfoides malignas em praticamente todos os órgãos ou tecidos, sendo os órgãos sólidos hematopoiéticos (linfonodos, baço) os mais afetados.
O linfoma é a neoplasia hematológica maligna mais comum em cães, correspondendo a 83% das neoplasias hematopoiéticas. E, ainda, está entre as cinco neoplasias mais frequentes nesta espécie, correspondendo a aproximadamente 7 a 24% dos casos (VAIL;YOUNG, 2007). Em felinos domésticos, os tumores hematopoiéticos são os mais comumente encontrados.
RELEMBRANDO ANATOMIA E FISIOLOGIA:
O sistema linfático é constituído pela medula óssea, timo (órgãos linfóides centrais), baço e linfonodos; Acúmulos de linfócitos ou nódulos linfáticos, localizados principalmente nas mucosas; Vasos linfáticos; Linfócitos do sangue e da linfa e os Linfócitos do tecido conjuntivo ou infiltrados nos tecidos epiteliais. Trata-se, portanto, de um sistema difuso e espalhado por todo o organismo.
Todos os linfócitos se originam da medula óssea ou nos órgãos linfoides a partir das células oriundas da medula óssea pelo sangue, que se fixam e proliferam nestes órgãos linfoides. A célula mais jovem da linhagem é o linfoblasto, este forma o pro-linfócito, que por sua vez matura-se em linfócitos maduros. Os linfócitos T completam sua diferenciação no timo e os linfócitos B saem da medula já como células maduras.
Os linfonodos são órgãos encapsulados, constituídos por tecido linfoide. Localizam-se no trajeto dos vasos linfáticos, cuja principal função é atuar como um filtro que capta micro-organismos invasores.
O baço é o maior acúmulo de tecido linfoide do organismo e, na espécie humana, o único órgão linfoide interposto na circulação sanguínea. Em virtude de sua riqueza em células fagocitárias e do contato íntimo entre o sangue e essas células, o baço representa um importante órgão de defesa contra micro-organismos e também o principal órgão destruidor de eritrócitos.
E AFINAL, DE ONDE VEM O LINFOMA?
A etiologia do linfoma multicêntrico em cães é considerada multifatorial, uma vez que não se consegue isolar um agente etiológico que justifique o desenvolvimento da doença. No entanto, parecem estar presentes determinados componentes genéticos e uma predisposição racial.
Em felinos, acredita-se que o vírus da leucemia felina (FeLV) tenha capacidade de danificar a função normal de proto-oncogenes através da inserção de elementos virais, dando origem a oncogenes. Este agente infeccioso foi indicado como a causa mais comum de neoplasias hematopoiéticas nas últimas décadas, em que 60% a 70% dos casos de linfoma eram associados a gatos virêmicos.
Estudos acreditam que a imunossupressão também é um fator de risco para o desenvolvimento do linfomaem gatos, tornando àqueles infectados pelo vírus da imunodeficiência felina (FIV) mais susceptíveis.
Na espécie canina, a prevalência da doença é superior em algumas raças puras, como por exemplo: Airedale Terrier, Basset Hound, Cocker Spaniel, Golden Retrivier, São Bernardo, Scottish Terrier e Rottweiler (COUTO, 2009).Em felinos, Louwerens et al. em 2005 relata uma maior representação da raça siamesa. Outras raças que observamos na nossa rotina com frequência são: Buldogue Francês, Shihtzu, Labrador e York Shire. Vale ressaltar ainda que pode acometer qualquer raça, inclusive os SRD's (Sem raça definida).
Em felinos, alguns estudos relatam a raça Siamesa como de maior incidência. Na nossa rotina observamos na maioria os gatos PCB (Pêlo curto Brasileiro ou SRD).
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